quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TRAFICO DE ANIMAIS SILVESTRE NO BRASIL

O animal silvestre, diferente do animal doméstico, é aquele que vive distante do ser humano e em seu habitat natural, assim como ocorre com a fauna presente nas florestas nativas. Animais como papagaioarara e o jabuti são espécies silvestres.
Segundo a Lei 5.197/67, a fauna silvestre é referida como:
“Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento que vivem naturalmente fora do cativeiro”.
Na Lei 9.605/98, no artigo 29, parágrafo 3, “são espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou em águas jurisdicionais brasileiras”.
Essas espécies sofrem com as investidas do tráfico de animais silvestres, uma prática de comércio ilegal que comercializa essas espécies no Brasil e, principalmente, no mercado estrangeiro. Em todo o mundo, estima-se que o tráfico de animais silvestres movimente mais de 10 bilhões de dólares, perdendo somente para o tráfico de drogas e de armas.
No Brasil, o tráfico de animais é a terceira maior atividade criminosa, movimentando aproximadamente cerca de 1,5 bilhões de dólares ao ano, e o no nosso país significa entre 10 e 15 % de todo o comércio mundial. O tráfico ameaça as espécies, sobretudo, que já se encontram em nível de ameaça de extinção.
Cada animal é importante na manutenção de um determinadoecossistema e ajudam na manutenção do equilíbrio da natureza, por fazerem parte do extenso equilíbrio ecológico. A conscientização contra o tráfico tem sido realizado pelo poder público, pelas instituições estatais, privadas e do terceiro setor.
Há o entendimento que a diminuição do tráfico interno, reduz a prática da exportação ilegal desses animais para o exterior, considerando os traficantes de animais verdadeiros intermediários do comércio ilegal aos traficantes receptores em outros países.
A principal rota do tráfico no Brasil se concentra nas regiões NorteNordeste e Centro-Oeste, onde há redes organizadas e instruídas para burlar o sistema de fiscalização implantado nas rodovias e em aeroportos. No Brasil, essas espécies são compradas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Os traficantes costumam transportar as espécies por meio de caminhões, ônibus e carros particulares. Na maioria das vezes, os animais são maltratados viajando em péssimas condições, sem alimentação, hidratação e sem ventilação. Num grupo de 10 espécies capturadas, em média, nove morrem antes de completarem a rota.
Leia também:

O que é crédito de carbono e qual sua importância em nossas vidas?

Créditos de Carbono
A criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização 
Clique para Ampliar
A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.
Em função disso foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteçãoambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de gases do efeitoestufa.
A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com aquantidade de emissão de carbono reduzida.
Foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono.
Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podemser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.
Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição.
Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
Em acordos internacionais os países desenvolvidos passaram a ter cotas máximaspara emitir esses gases do efeito estufa. Coube a esses países criar leis para restringira emissão desses gases em seus territórios.
Os países ou suas indústrias que ultrapassarem as metas estabelecidas terão que comprar os certificados de crédito de carbono, da mesma forma que quem conseguir reduzir suas emissões poderá vender o excedente dessa redução de emissão de gases nas Bolsas de Valores e de Mercadorias a outros países ou indústrias que necessitem desses créditos.
O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade. Segundo este,um projeto precisa absorver dióxido de carbono da atmosfera, no caso de reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso deeficiência energética.
Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizampaíses e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois a intenção da criação dessecertificado era organizar critérios de neutralização da emissão desses gasespoluidores.
Porém, também havia embutido dentro do programa a intenção de que os países quefossem os maiores poluidores diminuissem suas emissões, e que esse mercado decarbono servisse de estímulo para incentivar os países em desenvolvimento para que,atraídos pelo ganho financeiro, cuidassem melhor de suas florestas e evitassemqueimadas.
Mas não foram suficientes os alertas e os estímulos financeiros. Algumas empresas continuam a destruir as florestas pela sua ganância e ignorância, esquecendo que as conseqüências serão muito graves para todos nós e as gerações futuras.
Os governos foram omissos e permitiram, e ainda permitem, que o desmatamento sem controle furte a nossa maior riqueza: as florestas.
Hoje ainda assistimos governantes de países importantes ignorarem todos os sinais de perigo dados pela natureza contra a vida humana.
Duas atitudes deveriam ser adotadas imediatamente por todos os governos do mundo.A primeira seria a diminuição em percentuais importantes das emissões de gasespoluentes, seja nas indústrias ou nos transportes. A segunda, agir fortemente contra odesmatamento descontrolado das florestas.
Tomamos conhecimento recentemente de que o Incra, órgão ligado ao Governo Federal, é o responsável pelo maior desmatamento em nosso País. Isso causou-nos surpresa e descrédito quanto ao poder público, pois se o governo não consegue controlar nem os seus subordinados como irá fiscalizar os outros?
Por tudo isso, a criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade detodos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem sentar-se juntos e discutir como mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos.
Para sermos um mundo sustentável são necessários mais que programas de incentivo financeiro ligados ao meio ambiente. É necessário que tenhamos responsabilidadesocioambiental e consciência coletiva da necessidade dessa mudança, agora.
Luiz Fernando do Valle
Fonte: www.alphameioambiente.com.br

O Que São Créditos de Carbono?

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões.
A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas.
O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais. Estes certificados podem ser comercializados por intermédio das Bolsas de Valores e de Mercadorias, como o exemplo do Clean Air de 1970, e os contratos na bolsa estadunidense (Emission Trading - Joint Implementation).
Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás, espalhadas pelo mundo, preparando-se para vender cotas dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais.
Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.
Segundo Sergio Besserman Vianna - Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “O aquecimento global é uma realidade inegável. Se ele não for tratado pelo mercado financeiro, algum outro mecanismo terá de ser criado para fazêlo”, disse para a Folha de São Paulo.
Por sua vez, Eduardo Viola, Professor Titular do Departamento de Relações Internacionais e Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, analisa:
Está claro hoje que para proteger o ambiente precisamos ir além dos mecanismos rígidos de comando e controle que predominaram no mundo nos últimos 30 anos. A criação de mecanismos de mercado que valorizam os recursos naturais é uma extraordinária inovação cujo primeiro exemplo deu-se nos EUA com a emenda de 1990 ao Clean Air de 1970. Por causa dessa Emenda de 1990, que criou as cotas comercializáveis de poluição nas bacias aéreas regionais dos EUA, a poluição do ar diminuiu numa media de 40% nos EUA entre 1991 e 1998.
Varias iniciativas, seguindo o mesmo principio, estão em processo de ser adotadas em vários países e internacionalmente (o Protocolo de Kyoto 1997 estabelece as cotas de emissões de carbono comercializáveis entre os países do Anexo 1 e o Clean Development Mechanism entre países desenvolvidos de um lado e médios e pobres do outro).
Os volumes do Mercado de Carbono têm estimativas das mais variadas, e, na maior parte das matérias publicadas pela imprensa, os índices não batem. Cada fonte indica um dado diferente, vai desde U$ 500 milhões até US$ 80 bilhões por ano - os analistas de investimentos consideram o volume estimado pelos especialistas insignificante, comparado com alguns setores que giram volumes equivalentes em um mês. O que pode haver é uma forte demanda por países industrializados e uma expectativa futura de que esse mercado venha a ser um “grande negócio”, uma fonte de investimentos, do ponto de vista estritamente financista. Neste caso, a posição do Brasil é estratégica, em função de uma série de considerações apresentadas adiante.

Qual a Posição do Brasil?

Acontece que, no caso do Brasil, como também no da África, é exigida uma série de certificações e avais em função dos riscos de crédito, por todas as questões de credibilidade: o chamado “Risco Brasil”.
O Brasil não é considerado no mercado internacional um bom pagador. Já existiram escândalos financeiros que assustaram investidores sérios, atraindo ao país investimentos de curtíssimo prazo, capital especulativo e volátil, além dos chamados farejadores das Ilhas Cayman, que adoram negócios “nebulosos” para ancorar as operações de lavagem de dinheiro. Tudo isso entra na contabilidade dos empréstimos internacionais, e o risco que se corre é de acontecer de o dinheiro com taxa baixa ou a fundo perdido chegar na mão do pequeno com taxas altíssimas.
Não se deve esquecer ainda da vulnerabilidade desse indivíduo diante de contratos complexos, projetos duvidosos e pressões de especuladores, interessados em comprar terras abaixo do preço do mercado para se credenciarem a esses investimentos. Existem grandes diferenças entre as Clean Development Mechanisms (CDMs) e as commodities ambientais. Os CDMs ou Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDLs), em síntese, são alternativas que implicam em assumir uma responsabilidade para reduzir as emissões de poluentes e promover o desenvolvimento sustentável. Trata-se de um mecanismo de investimentos, pelo qual os países desenvolvidos podem estabelecer metas de redução de emissões e de aplicação de recursos financeiros em projetos como reflorestamentos e produção de energia limpa.
As empresas, por exemplo, ao invés de utilizar combustíveis fósseis, que são altamente poluentes, passariam a utilizar energia produzida em condições sustentáveis, como é o caso da biomassa. Existe, enfim, uma gama enorme de projetos ambientais e operações de engenharia financeira que podem ser desenvolvidos no Brasil, proprietário das sete matrizes ambientais (água, energia, biodiversidade, madeira, minério, reciclagem e controle de emissão de poluentes - água, solo e ar).
Nem todo projeto de CDM gera necessariamente uma “commodity tradicional” e muito menos uma “commodity ambiental”.
Explico: A troca de créditos de cotas entre países desenvolvidos, que estabelecem limites de “direitos de poluir” (Joint Implemetation e Emission Trading), pode ser transformada em títulos comercializáveis em mercados de balcão (contratos de gaveta - side letters), ou em mercados organizados (Bolsas, Interbancários, Intergovernamentais e outros). Mas chamar poluição de mercadoria é um absurdo conceitual, e de “commodity ambiental”, é uma contradição.
Em primeiro lugar, a poluição não pode ser considerada mercadoria, ainda mais quando se deseja eliminá-la. Em segundo, não serão os pequenos produtores os contemplados nesta troca, porque ela é realizada entre grandes corporações nacionais e transnacionais.
Além disso, só é possível realizar tais trocas em um mercado fortemente globalizado, já que esses títulos migrarão de um país para o outro com a mesma velocidade que migram os investimentos globalizados, num círculo restrito de países mais ou menos desenvolvidos, o que vai contra todas as reivindicações do Fórum Social Mundial realizado no Rio Grande do Sul.
Se de um lado as commodities ambientais têm como seu principal diferencial o modelo da pirâmide, no qual os contemplados pelos recursos financeiros devem diretamente ser os excluídos, o trading emission (compra e venda de créditos de carbono) atende ao tradicional modelo das operações financeiras que todos nós já estamos cansados de conhecer. Ele apenas repete um mecanismo já explorado, com a agravante de ser falacioso, trazendo o argumento ambiental e causando confusão de conceituação.
Mas o CDM pode e deve ser aplicado ao conceito “commodities ambientais”, observadas duas condições: se o projeto de controle de emissão de poluentes estiver gerando uma commodity como energia (biomassa), madeira, biodiversidade, água, minério, reciclagem, e se o modelo vier a promover a geração de emprego e renda e financiar educação, saúde, pesquisa e preservação de área protegidas. Em outras palavras, ela precisa também atender às reivindicações do movimento ambientalista e de grupos de direitos humanos, engajados nesta luta ingrata para preservar o meio ambiente. Nesse sentido, um projeto de reflorestamento com pínus e eucalipto não pode invadir uma área como a Amazônia, ainda que a comunidade científica prove com todos os meios que pínus e eucaliptos captam mais carbono do que uma floresta nativa.

Faca de Dois Gumes

Veja, então, a diferença. Não importa para as “commodities ambientais” o que capta mais carbono. Importa, porém, o que gera mais emprego e mantém mais áreas de preservação. O modelo de “commodities ambientais” que se propõe debater é exatamente produzir uma trava que impeça que um ecossistema seja prejudicado para favorecer a exploração comercial do outro. O marketing dos países ricos, prometendo dinheiro aos projetos ambientais dos países pobres, pode ser uma faca de dois gumes para o meio ambiente.
Existe o risco dos certificados de carbono serem transformados apenas numa operação financeira para dar lucros aos seus investidores e acabar não gerando nenhuma vantagem para o meio ambiente. Isto é, se os instrumentos econômicos forem uma promessa de capturar carbono no futuro.
Como ocorreu, por exemplo, muitas vezes no caso dos incentivos florestais, quando muita gente pegou dinheiro subsidiado do Governo para plantar, mas não plantou ou recebeu dinheiro para plantar mil hectares, terminou plantando somente 200 hectares.
Nestes casos, as travas para se proteger dos especuladores mal-intencionados estão sendo articuladas com o sistema de produção das commodities ambientais.
Sempre existe esse risco quando se lida com o mercado financeiro. Um dia após o outro, criam-se contratos com cláusulas complexas e expressões em inglês não raras vezes escondendo negócios de interesse estrangeiro.
Se isso já é muitas vezes difícil para os especialistas da área entenderem, o que se dirá do pequeno produtor ou do proprietário de uma área florestal que deseja tornar sua floresta um projeto com viabilidade econômica, devendo respeitar as leis de conservação, códigos florestais e outras exigências. Estamos cientes de que a certificação é um caminho, mas não a solução do problema, pois para certificar o produto é necessário produzir em condições sustentáveis, o que requer investimentos.
Tudo isso é caro e leva tempo e dinheiro.
O que acontece hoje é uma concorrência desleal com as altas taxas de juros. Qualquer negócio de longo prazo no Brasil torna-se incompatível com os lucros que os títulos financeiros garantem, sem que seja necessário se preocupar com chuvas, investimentos na produção, a plantação, a colheita, o pagamento de funcionários. Isso explica porque, ao invés de ser aplicado diretamente na produção, o dinheiro subsidiado migra para a especulação financeira.
Mas isso só acontece com a participação de agentes que não são da atividade produtiva, até porque o produtor sozinho, que sequer sabe como captar o recurso para sua lavoura, sabe tampouco atuar no mercado.
Ele tem muitas vezes seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da cooperativa usado em operações de lavagem de dinheiro.
E quando quebram, prejudicam a credibilidade de todos: vide a Cooperativa Agrícola de Cotia e, mais recentemente, o caso da Exportadora das Cooperativas Brasileiras (EXIMCOOP). Não é preciso ir muito longe - agora têm-se os escândalos financeiros que revoltaram os mercados de capitais em 2002 e jogaram as Bolsas de Valores no chão.
A crise no mercado de ações tem sido comparada com os colapsos provocados pelo crash de 1929 e pelas crises do petróleo em 1973 e 1974.
Os Créditos de Carbono, se mal-desenhados e lançados no mercado no afã da euforia, apenas para suprir uma expectativa de captar investimentos internacionais, podem mascarar a ação de muitos “oportunistas de negociatas”.
Ao implantar os Fóruns Regionais BECE (Brazilian Environment Commodities Exchange), no Projeto CTA, está-se tentando descobrir os meios de resolver o problema. Eliminar o risco é impossível, uma utopia.
Mas ele pode ser amenizado, identificando quem realmente merece ser receptor deste dinheiro, traçando com a comunidade uma estratégia de elaboração e de fiscalização de projetos ambientais com comprometimento, para que os produtores e comunidades extrativistas obtenham investimentos sem que os recursos passem pelas mãos de “inimigos ocultos”, espertos na arte de desvirtuar projetos ambientais.
Por isso, criou-se a proposta “BECE”, genuinamente brasileira, porque este é um problema brasileiro. É preciso mapear as reais necessidades brasileiras e fazer a lição de casa para então se conseguir também adotar uma postura mais séria e fazer propostas mais concretas nas relações com a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), no Protocolo de Kyoto, e outros. Olhando de frente com coragem e determinação os problemas brasileiros, chegar-se-á mais rápido às soluções, sem ficar enxugando lágrimas em lençóis porque as “commodities tradicionais” do Brasil foram excluídas dos acordos internacionais.
Outro aspecto crucial desse debate é como chegar aos pequenos e fazer com que estes tenham as mesmas oportunidades de financiamento de seus projetos, sejam na área de educação, saúde, meio ambiente ou agropecuária. Está-se, em suma, falando da reconstrução econômica do país, e os projetos para produção de commodities ambientais são soluções potenciais num momento em que se está farto de somente enxergar problemas.
O Projeto CTA (www.sindecon-esp.org.br) fará das palavras de Eduardo Viola a missão de BECE:
O Século 20 nos ensinou, com alegria e tragédia extremas, como o mercado é o mais eficiente mecanismo alocativo inventado pela humanidade.
Também nos ensinou que um mercado sem pleno Estado de Direito e sem indivíduos educados e auto-reflexivos produz uma sociedade extremamente materialista que bloqueia as potencialidades de evolução humana.
Precisamos avançar na direção de um mercado transparente e conscientemente regulado pela sociedade, onde não exista espaço para informações privilegiadas, nem cláusulas ad hoc para favorecer alguns dos competidores, nem possibilidades de lavagem de dinheiro procedente de atividades ilícitas. (...) Acredito que o BECE merece um apoio incisivo do conjunto da comunidade ambientalista para que se realizem urgentemente estudos sistemáticos econômicos, ecológicos e jurídicos com o objetivo de sua implementação. Poderia ser uma grande contribuição iniciada no Brasil para o desenvolvimento sustentável em escala planetária.
Com a proposta BECE e a elaboração de Projetos Econômico-Financeiros para os Mercados de “Commodities Ambientais”, a preservação ambiental estará sendo colocada na contabilidade como ativo/investimento e não como passivo/prejuízo, tentado mudar a visão dos empresários e investidores hoje em relação à questão socioambiental.
Especialmente, onde as commodities ambientais poderiam ajudar a luta pelo combate ao efeito estufa que está comprovadamente aquecendo o planeta e provocando prejuízos enormes com o agravamento das secas, chuvas, tempestades.
Amyra El Khalili
Fonte: saf.cnpgc.embrapa.br

sábado, 28 de abril de 2012

Alimentos Orgânicos


Alimentos OrgânicosO que é, frutas, legumes e verduras orgânicas, carne orgânica, ovos, vantagens e desvantagem
alimentos orgânicos
Alimentos orgânicos: mais saudáveis e respeito ao meio ambiente 
Os alimentos orgânicos são aqueles que utilizam, em todos seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam a qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar algum dano a saúde dos consumidores.

Agricultura orgânica: frutas, legumes e verduras
Na agricultura, por exemplo, utiliza-se apenas sistemas naturais para combater pragas e fertilizar o solo. Embora apresentem praticamente as mesmas propriedades nutricionais dos alimentos inorgânicos, os orgânicos apresentam a vantagem de seres mais saudáveis, pois não possuem agrotóxicos. Também são mais saborosos.

Carne Orgânica e ovos orgânicos
No tocante à produção carnes e ovos, os animais são criados sem a aplicação de antibóticos, hormônios e anabolizantes. Pesquisas demonstram que estes produtos podem provocar doenças nos seres humanos, quando consumidos por muito tempo. Logo, as carnes e ovos orgânicos são muito mais saudáveis.

Benefícios e Vantagens:

- Os alimentos são mais saudáveis, pois são livres de agrotóxicos, hormônios e outros produtos químicos;
- São mais saborosos;
- Sua produção respeita o meio ambiente, evitando a contaminação de solo, água e vegetação;
- A produção usa sistemas de responsabilidade social, principalmente na valorização da mão-de-obra.

Desvantagem: 

A única desvantagem é que são mais caros do que os convencionais, pois são produzidos em menor escala e os custos de produção também são maiores.

EMBRAPA


A Embrapa Meio Ambiente atua em todo o Brasil e é reconhecida como referência nacional e internacional. A sua atuação em pesquisa, desenvolvimento e inovação está voltada para a interface agricultura (atividades agrícolas, pecuárias, florestais e agroindustriais) e meio ambiente. Trabalhamos conciliando as demandas dos sistemas produtivos com as necessidades de conservação de recursos naturais e preservação ambiental. Assim, buscamos a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade.

Fotos da Embrapa Meio Ambiente - /unidade/img/VistaUnidade5.jpg
A Embrapa Meio Ambiente é uma Unidade de Pesquisa de Tema Básico, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Aqui você encontrará nosso histórico com informações sobre nossa missão, finalidades, linhas de pesquisa, organograma, localização, equipe, dados cadastrais, além de nosso IV Plano Diretor – 2008-2011.

Gestão ambiental sobre diversificação arbórea e agroflorestal com o guanandi é discutida em oficina


Gestão ambiental sobre diversificação arbórea e agroflorestal com o guanandi é discutida em oficina
17.4.2012
A Oficina sobre impactos ambientais da diversificação arbórea com Guanandi reuniu cerca de 30 profissionais no dia 11 de abril na centenária Fazenda Coruputuba, em Pindamonhangaba (SP). O evento foi promovido pelo Pólo do Vale do Paraíba/APTA Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, com o apoio da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e da própria Fazenda Coruputuba.

Coleta de experiências e conhecimentos entre os participantes, visando à elaboração de um relatório de gestão da inovação tecnológica representada pela diversificação arbórea e agroflorestal, foi o principal objetivo da oficina. Pretende-se, com esse relatório, promover a transferência de tecnologia e incentivar iniciativas de pesquisa e de ampliação das áreas de agroflorestas, em favor do desenvolvimento sustentável do meio rural do Vale do Paraíba do Sul.
Clique na foto para ampliar e fechar

Foto: Apta

Os participantes eram ligados a setores governamentais (técnicos das Secretarias Estaduais de Agricultura e do Meio Ambiente), a universidades (UFRuralRJ e Unicamp), a empresas de fomento (Guanandi CP-4) e a administradoras de ativos florestais (Brazil Timber), além de produtores rurais ligados ao setor florestal de diversos municípios (Salesópolis, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Natividade da Serra e Roseira). Eles puderam trocar experiências e conhecer pesquisas em andamento sobre desenvolvimento agroflorestal.

Espécie para várzeas

O Guanandi, espécie florestal nativa que tolera o solo inundado das várzeas, é recomendado para reflorestamentos em áreas ciliares, explica Antonio Carlos Pries Devide, pesquisador do Polo Regional e coordenador do evento. No Vale do Paraíba, seu cultivo comercial ocorre em várzeas, terraços fluviais e áreas montanhosas.

A espécie destaca-se por produzir frutos que são dispersos pela fauna, de acordo com Antonio Devide. Assim, pode contribuir para a recuperação de áreas sujeitas às inundações, amortecendo as cheias atualmente agravadas pela falta de cobertura do solo, em bacias situadas em áreas declivosas à montante das terras baixas.

A ausência de cobertura florestal (nas amplas áreas de pastagem) ou o corte raso do eucalipto em diversas sub-bacias interligadas faz com que haja o escorrimento superficial da água das chuvas, sem que ocorra a infiltração favorecida pelas florestas, relata o pesquisador. Isto pode ocasionar o constante alagamento das várzeas, mesmo sem que a chuva ocorra nessas áreas. Esse alagamento, repentino e periódico, é uma situação de risco para os produtores de arroz e, também, para áreas sob expansão urbana e industrial.

Segundo Devide, os resultados obtidos na oficina também serão aproveitados para a elaboração de seu trabalho de doutoramento no curso de pós-graduação em Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPGF-UFRuralRJ).

Aulas práticas

No período da manhã, os participantes visitaram cinco áreas experimentais e produtivas. Nelas, eles observaram (1) sistema agroflorestal de guanandi em várzea, avaliando um perfil do solo argiloso; (2) sistema agroflorestal de guanandi consorciado com Acacia mangium, palmeira real, banana e mamona; (3) sistema agroflorestal de guanandi consorciado com mandioca e avaliação de um perfil de solo arenoso; (4) plantios de acácia, eucalipto e um sistema agroflorestal regenerativo natural, com angico e cafeeiro; e (5) com a avaliação da dinâmica da regeneração natural em terras baixas.

Essas observações de campo serviram como subsídio para as discussões sobre a importância da sucessão vegetal, conta Devide. Assim, foi feito um paralelo com os sistemas agroflorestais e discutidos os meios para se acelerar a regeneração natural em áreas sujeitas à inundação. A idéia era destinar parcelas como áreas de preservação permanente (faixa ciliar) e de reserva legal, para a regularização florestal da propriedade.

Segundo Devide, essas opções de manejo também têm a finalidade de promover a proteção dos recursos hídricos e a reabilitação de habitats naturais, constituindo corredores de fauna no entorno de toda a propriedade.

Essas visitas monitoradas permitiram estimular uma visão crítica e não apenas contemplativa. As situações vivenciadas são recorrentes e servem para todos, principalmente aos produtores, que podem aplicar os princípios de desenvolvimento agroflorestal para melhorar o planejamento do uso do solo de suas propriedades, ponderou o produtor Patrick Ayrivie de Assumpção, que realiza o fomento do plantio do guanandi no Vale do Paraíba.

Ainda na parte da manhã, ocorreram três palestras. A primeira abordou a história da centenária Fazenda Coruputuba, bem como as iniciativas de desenvolvimento agroflorestal. A segunda tratou dos desafios tecnológicos enfrentados nas pesquisas de conversão agroflorestal do guanandi.

Por fim, a terceira palestra apresentou uma metodologia de indicadores ambientais (conhecida como Ambitec-Agro), que, no período da tarde, foi utilizada por todos, na oficina realizada para avaliar os impactos das pesquisas de diversificação arbórea e dos sistemas agroflorestais para a sustentabilidade da Fazenda Coruputuba. Também foi apontada como opção tecnológica de diversificação produtiva no Vale do Paraíba.

Ao final da atividade, os participantes foram agraciados com um CD-ROM contendo trabalhos sobre a aplicabilidade do método Ambitec-Agro, um livro comemorativo da Fazenda Coruputuba, que completou 100 anos em 2011, e as apresentações.

Assessoria de Comunicação da APTA

Garça tenta devorar pato, mas desiste após não conseguir engolir


Uma garça foi flagrada tentando devorar um pato quase adulto no rio Dodder em Dublin, na Irlanda. Após quase engolir totalmente a presa, a garça acabou desistindo da refeição, já que foi incapaz de digeri-la. O patinho acabou deixado morto na água.
Garça foi flagrada atacando pato em rio em Dublin. (Foto: David Hughes/Barcroft Media/Getty Images)Garça foi flagrada atacando pato em rio em Dublin. (Foto: David Hughes/Barcroft Media/Getty Images)
No final, garça não conseguiu devorar a presa e desistiu. (Foto: David Hughes/Barcroft Media/Getty Images)Garça tentou devorar o pato inteiro. (Foto: David Hughes/Barcroft Media/Getty Images)
No final, garça não conseguiu devorar a presa e desistiu. (Foto: David Hughes/Barcroft Media/Getty Images)No final, garça não conseguiu devorar a presa e desistiu. (Foto: David Hughes/Barcroft Media/Getty Images)